Greve iminente: médicos se reúnem com vereadores reivindicando equiparação salarial

por Dicom publicado 04/05/2022 11h43, última modificação 04/05/2022 11h43

Vereadores orientaram aos médicos que esgotem todas as possibilidades de negociação antes de entrar em greve.

Na manhã desta quarta-feira (4), uma comitiva formada por representantes do Sindicato Médico de Rondônia (Simero) e médicos efetivos do município de Vilhena se reuniram com os vereadores na Sala de Reuniões da Casa de Leis.

A reivindicação dos médicos efetivos se arrasta há mais de 5 anos, desde a época do aumento do IPTU, que os vereadores apoiaram com a condição de efetivar o aumento nos salários dos servidores municipais.

Em meio às discussões do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) no município, os médicos reivindicam equiparação salarial. “Entre as disparidades estão os vencimentos dos plantões que remunera no valor de R$ 2.500,00 um médico plantonista eventual, enquanto o médico efetivo recebe apenas R$ 800,00”, apontou um dos médicos presentes.

“Está se falando em redução da quantidade de médicos e os terceirizados estão sendo melhor remunerados. O pior salário em todo o Estado é o de Vilhena para médicos efetivos, os recém formados estão ganhando mais. Cabixi e Cacoal pagam o dobro. As confusões da UPA, que tem médicos terceirizados, vão todas para os efetivos, sendo que os de lá ganham o triplo. Nossa proposta é de um salário de R$ 15 mil”, reivindicou o Dr. Celso.

Os médicos consultaram com a assessora jurídica do Simero, Drª Danielle Garcez, sobre a legalidade de realizar uma greve e ela orientou a realizar uma reunião específica para tratar sobre o assunto .

O presidente da Câmara de Vereadores, Ronildo Macedo, aconselhou os médicos a esgotarem todas as opções antes de deflagar uma greve. “Vou convocar o Bruno Stedile, responsável pela Folha de Pagamento da Semad da Prefeitura, e os médicos para estarem presentes na reunião das Comissões desta segunda-feira e discutir sobre o assunto. Este ano a receita aumentou em R$ 100 milhões e o impacto do reajuste é de R$ 30 milhões, então há margem para o aumento. Imagina a situação se os médicos entrarem em greve? A greve é a última opção. Agora vai ficar em ata que os médicos tentaram o diálogo com o Legislativo. A Câmara apoia a atitude dos médicos”, asseverou Ronildo.

Os vereadores Wilson Tabalipa, Zeca da Discolândia, Vivian Repessold, Cléridida Alves, Samir Ali e Nica Cabo João manifestaram apoio aos médicos já que o momento da saúde é delicado e o salário dos médicos está defasado.

Câmara de Vereadores de Vilhena
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Texto: Diretoria de Comunicação
Foto: Diretoria de Comunicação